Confira o bate-papo exclusivo com o volante Otinho, do Macaé
- João Gabriel Fernandes
- 19 de mai. de 2017
- 5 min de leitura

Oton Avelar Paraíso Neto, mais conhecido como Otinho, tem 22 anos e atua como volante da equipe do Macaé, que atualmente disputa a Série C do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter passagens pelas categorias de base do Ipitanga, Seleção de Lauro de Freitas, Bahia e Jacuipense, foi revelado pelo Galícia, em 2016.
Após duas temporadas na equipe granadeira, o atleta acertou sua ida para o Leão do Rio de Janeiro, como carinhosamente é conhecido pelo seu torcedor, para tentar trazer o clube carioca de volta para a Série B do Brasileiro, onde não disputa desde 2015, quando foi rebaixado.
Entramos em contato com o jogador, que falou sobre o início de sua carreira, suas expectativas para o restante dessa temporada e muito mais.
Confira agora o bate-papo exclusivo com Otinho:
Portal BAVI: Quando surgiu a sua paixão pelo futebol e com quantos anos você decidiu que queria se tornar jogador profissional?
Otinho: Desde pequeno meu pai disse que eu sempre gostei de brincar com bolas e sempre gostei de vê-lo jogar. O fato do meu pai ter sido jogador acaba influenciando, tá no sangue.
Portal BAVI: O seu pai foi essencial na sua escolha por ele ser treinador?
Otinho: Com certeza. Quando eu era menor, eu não tinha tanta habilidade quanto os meninos mais velhos, então ele sempre me cobrou muito, já que eu tinha muita vontade de jogar. Me colocava contra os meninos mais velhos e eu fui adquirindo mais facilidade com a bola.
Portal BAVI: Hoje você atua como volante. Sempre quis jogar nessa posição ou gostava de atuar em outro setor e chegou nela aos poucos?
Otinho: Comecei jogando de centroavante. Até fazia uns gols de vez em quando (risos), mas vi que eu não era tão rápido. Como eu tinha um bom passe, acabei indo pra volante onde deu certo.
Portal BAVI: Quando surgiu a sua primeira oportunidade no futebol?
Otinho: Minha primeira oportunidade foi em uma escolinha de futebol de Portão. Lá o campo era de barro e eu mudei bastante minha visão sobre o futebol e a vida.
Portal BAVI: Já pensou em alguma vez desistir?
Otinho: Sim, já pensei em desistir, pois as vezes a gente fica em casa, desempregado e se sente inútil. Porém, graças a Deus, tenho uma família maravilhosa que me apoia, principalmente meu pai. Sem ele eu não chegaria onde cheguei e onde creio que posso chegar.
Portal BAVI: Você é natural de Recife mas viveu a maior parte de sua vida na Bahia. Tem algum time pernambucano ou baiano que você se identifica mais?
Otinho: Meu pai é um grande torcedor do Náutico, sempre me levou aos jogos. Viajávamos pra Recife para acompanhar o time e cresci vivendo isso, gostando do clube. Hoje, eu torço pro time que estou, no momento o Macaé. Já joguei no Sport também, rival do Náutico, e gerava até brincadeiras porque eu sempre deixei claro que faria gol no Náutico, sem dúvidas, afinal, eu vivo pra isso.
Portal BAVI: Em 2016 foi a sua estreia na equipe principal do Galícia. Como foi que você chegou ao Demolidor de Campeões e qual foi sua sensação ao realizar o seu primeiro jogo como atleta profissional?
Otinho: Cheguei ao Galícia através de um amigo que sempre me acompanhou no futebol, desde a época que eu jogava no sub-20 do Jacuipense. Então, ele me indicou e conversou com meu pai, que é meu empresário, e acertei minha ida para o Demolidor. Tudo o que sempre passei, dificuldades para chegar ao profissional, serviu de aprendizado, então quando cheguei e joguei, eu me senti realizado, senti que todo o trabalho não foi em vão e isso dá um gás a mais para continuar lutando, para chegar onde todos querem, em clubes mais reconhecidos e que vivem fases melhores atualmente.
Portal BAVI: No inicio desse ano, você disputou o Campeonato Baiano, o qual sua equipe acabou sendo rebaixada para Segunda Divisão do Baianão. Pra você, os problemas extra campo do Galícia e as mudanças constantes de treinadores atrapalharam no desempenho do time?
Otinho: Acredito que o Galícia vive uma fase complicada pela mudança de presidência e poucas pessoas interessadas em apoiar o clube no quesito principal que é o financeiro. A mudança de técnico é normal quando os resultados positivos não vêm, principalmente aqui no Brasil, onde o resultado tem que ser imediato.
Portal BAVI: Do Galícia para o Macaé, que está disputando o Campeonato Brasileiro da Série C. Você imaginava essa mudança na sua carreira assim tão rápida?
Otinho: Não, nunca imaginei, mas sempre acreditei que eu poderia estar em um clube grande como o Macaé. É uma oportunidade muito boa e que muitos não tem, por isso procuro valorizar cada dia que se passa.
Portal BAVI: O técnico Roy rasgou elogios a você na sua chegada ao Macaé e foi essencial para sua contratação. Qual sua relação com ele e como você reagiu após ouvir o que o seu treinador disse?
Otinho: O Roy é um grande treinador. O conheci no Galícia, na disputa da Série D, em 2016, e pude perceber que ele iria agregar desde o primeiro treino. Ele dá moral ao jogador, permite que arrisquemos dentro do jogo sem medo de errar e sabe conversar, o que é muito importante, principalmente quando a gente é jovem e está começando. Graças a Deus fiz um bom campeonato e ele me deu uma oportunidade de trabalhar com ele novamente. Ouvir elogios é sempre bom, mas eu procuro não relaxar e mostrar meu futebol todos os dias, pois o jogador quer sempre estar jogando.
Portal BAVI: Quais são suas expectativas para o restante desta temporada e o que o torcedor pode esperar de você dentro de campo?
Otinho: Eu espero o melhor aqui no Macaé e, no momento, meu pensamento é o acesso.
Esse é o meu maior objetivo. O torcedor pode esperar um jogador muito aguerrido, minha maior característica. Busco sempre não parar em campo e ajudar meus companheiros, principalmente na marcação e em um passe refinado no meio campo.
Portal BAVI: Volta Redonda-RJ, Joinville-SC, Ypiranga-RS, Botafogo-SP, Bragantino-SP, Tombense-MG, Tupi-MG, Mogi Mirim-SP e São Bento-SP. Qual dessas equipes você considera que é a mais forte do seu grupo? O time a ser batido.
Otinho: Vejo no nosso grupo uma grande dificuldade por ter equipes bastante competitivas. Porém, acredito que o nosso próximo adversário (Bragantino) seja a equipe mais difícil, pelo fato de terem conseguido o acesso para a elite do campeonato paulista.
Portal BAVI: Pra finalizar, qual o seu maior sonho no futebol?
Otinho: Todos me perguntam isso. Eu sempre sonhei em jogar em um estádio lotado, ouvir meu nome sendo anunciado no telão e a torcida aplaudindo, dando forças. Sobre time, eu sempre sonhei com o Real Madrid. As pessoas perguntam sobre seleção brasileira porque todo jogador quer chegar lá. Quem não quer estar na seleção? Defender o nosso país? Mas apesar disso, o Real é uma forte admiração, por toda construção da trajetória, por isso eu sempre tratei como prioridade o Real, time com uma história maravilhosa e jogadores fantásticos. Espero um dia chegar no mesmo nível do Kroos, do Modrić (risos).
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